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DOUTRINA DA QUEDA E PECADO

DOUTRINA DA QUEDA E PECADO

LUCIENE

A DOUTRINA DA QUEDA E DO PECADO

Como se explica esta grande alteração que se processou com o mundo original, criado tão maravilhosamente? Apesar disso, ele ainda é tão lindo, que artistas e poetas se encantam, tal como vemos nas Escrituras Sagradas, em Sl 19; Al 104:24; Mt 6:28-29. Mas, quem olhar mais profundo, perceberá logo que o mundo é chamado, com razão, vale de dores e lágrimas. Em verdade é este, imenso campo de ruínas, impregnado de lágrimas, sangue e morte. Gn 3:17-19; Gn 4:10; Gn 18:20-21; Tg 5:4; Lc 22:44; I Jo 5:19 e referencias.  Esta verdade tem  sido verificada pela ciência e pela história, já há tempo. Este mundo todo, geme debaixo de maldição terrível. Gn 3:17 e Gn 4:12, comparado com Rm  8:19-23.

  A QUEDA DE SATANÁS

  Em verdade o homem também participa do mal e sofrimento que veio pelo pecado, sendo juntamente culpado. A Bíblia nos mostra que o mal, o pecado, que tem por conseqüência a morte, já existia antes da criação do homem. Assim já houve antes de ele existir, por meio de uma catástrofe, uma fenda horrível, na harmonia da criação.

  A administração deste mundo estava entregue a uma pessoa extremamente inteligente e poderosa, um príncipe angelical, com o nome de “príncipe deste mundo”, conforme Jo 14:30; Jo 16:11 e II Co 4:4. Ele se encontra como guia à frente de poderosos grupos angelicais e seres do mundo invisível. Ef 2:2; Ef 6:12; Jd 6; Mt 25:41 e Ap 12:7.

  Este poderoso caiu. Da queda de muitos outros anjos, a Bíblia fala também – Lc 10:18; II Pd 2:4 e Jd 6. A causa da queda foi orgulho e a natureza do pecado foi desobediência, ou seja, transgressão dos limites impostos. Jd 6

  Como foi possível que o mal se fizesse e se efetivasse no íntimo desse ser maravilhoso e poderoso, o qual originalmente era santo, como também nos demais anjos caídos, a Bíblia não revela, e faz disso segredo. E onde as Escrituras Sagradas silenciam, nós também com todo o respeito, devemos faze-lo, e não procurar, em nossa curiosidade, tirar o véu, sem para isso estarmos autorizados. “ O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” e não a curiosidade ou altivez. Dt 29:29

  O acontecimento, como a história, dessa queda são ilustrados em linguagem figurada em duas partes da Sagradas Escrituras. Is 14:4-20: Ez 28:12-19. Que as expressões destes profetas não estão sendo dirigidas somente aos regentes terrestres é fácil entender. Como a alguns povos foram aliados seres angelicais, podemos subentender que estas palavras são dirigidas a eles também. Comparar com o tópico, “O Ministério dos Anjos”.

  AS CONSEQUENCIAS DA QUEDA

 A queda de Satanás encerra para ele mesmo, incalculáveis conseqüências.

  Ele foi transformado:

  - anjo de luz, Estrela da Manhã, Lúcifer – Is 14:12 – em príncipe das “trevas” – Ef 6:12 –

  - de “querubim de guarda” – Ez 28:14 – isto é, ser que devia cultivar harmonia e paz, em “diabo”, isto é, ser que traz confusão, desarmonia, discórdia, sendo mentiroso e homicida – Jo 8:44 –

  - de ser que estava com, e junto a Deus – Ez 28:14 – em Satanás, o que significa “adversário” – I Pd 5:8; Ap 12:9 – ser que é contra Deus.

  - de soberano, no verdadeiro sentido da palavra – Ez 28:14 em “dragão”, a “serpente”, isto é, ser rastejante e sorrateiro – Ap 12:9.

  - Ele caiu de uma altura inimaginável para uma profundeza incalculável – Lc 10:18; Is 14:15 – Ele não guardou a sua soberania e a ruína completa é somente questão de tempo – II Pd 2:4; Ap 20:3-10 –

  Não só a sua pessoa está destinada ao inferno. – Ap 20:10; Mt 25:41 – como o seu caráter é infernal e expele fogo. – Ez 28:18 –

  Não há salvação para ele, porque o pecado jaz nele mesmo, sem que fosse originado por alguma causa externa. – Ez 28:15-17; Jd 6. – Terrivelmente atuou a queda de Satanás sobre este mundo, o império sujeito a ele:

  Uma parte dos seres angelicais seguiram seu exemplo e caíram com ele na perdição. ( Ap 12:4-7; c 5:9; Jd 6)

  Como conseqüência do pecado entrou a morte na criação. Isto afirmam as Escrituras numa frase bem curta: “O salário do pecado é a morte”, isto é, o pagamento ou a conseqüência, (Rm 6:23; Rm 8:20). Mas como o pecado já existia antes da queda do homem, consequentemente também existia a morte.. Isto provam, entre outras, as escavações científicas, como as explorações subterrâneas.

  Como Satanás é onipresente, pelo menos quanto ao seu império, está o mundo constantemente exposto às mais variadas tentações. Ele por certo já rodeava o Paraíso, isto porque o homem não devia apenas cultiva-lo, mas também guarda-lo. (Gn 2:15). E ainda hoje ele anda em derredor, ora bramando como leão, ora como anjo de luz, procurando a quem possa tragar. (I Pd 5:8; II Co 11:14)

  O mundo foi transformado em mundo fingido e implicado em guerra de todos, contra todos, porque Satanás, sendo seu príncipe, é o pai da mentira e homicida  desde o princípio. (Jo 8:44)

 E toda a criação está sujeita à vaidade e corrupção, e desde então, existe a situação descrita em Tm 8:19-23

  Este mundo e algumas partes das regiões celestiais foram de tal forma atingidos pelo pecado que a destruição definitiva será a sua sorte. (Ap 20:11 comparado com II Pd 3:7.

  A queda de Satanás desencadeou horrível luta entre Deus e Satanás e seus sequazes. Esta luta alcançou os moradores das regiões celestiais e finalmente ainda custou a Deus, o Seu Filho. (Ap 12:7; Jo 3:16)

  Apesar disso, seu destino já foi marcado. ( Rm 16:20; Ap 20:10)

  Ele já está privado de seus direitos, mas ainda não do poder, sentenciado, mas ainda não executado. Também ao mal, dá Deus o seu tempo. (Mt 13:30) Satanás tem posição de poder e prestígio extraordinário. Isto nos revela que:

  seu nome, príncipe do mundo, deus deste século, dominador deste  mundo. (Jo 14:30; Jo 16:11; II Co 4:4; Ef 6:12)

 o respeito que os anjos possuem para com ele. (Jd 9)

  • a forte peleja que o mundo angelical trava com ele. (Dn 10:13-21; Ap 12:7-9)
  • os horríveis estragos que ele tem feito e ainda faz. (I Jo 5:19) (9)
  • a intervenção do Filho de Deus, na luta contra ele. Somente Cristo foi capaz de vencer este adversário horrível. (Mt 24:46; Mt 24:50)  Assim, faremos muito bem, se considerarmos Satanás uma pessoa bem real, distinguindo-o com nitidez e ainda, orientar-nos de acordo com as passagens em I Pd 5:8; Tg 4:7 e Ef 6:10:18.

  A QUEDA DO HOMEM

 Porque criou Deus o homem de maneira que pudesse pecar? Porque não criou  de modo que não entrasse neste perigo? Estas e outras perguntas surgem. Perguntas como estas tem impressionado homens de pensamentos profundos, homens que têm lutado amargamente com o pecado e que vêem, com olhos abertos, a miséria horrível na criação e na humanidade.

 Quem assim pergunta, ainda não compreendeu claramente a índole e posição extraordinária e elevada do homem. Este assunto, já vimos antes, no parágrafo título a respeito do homem.

 Pelo livre arbítrio, tem o homem a oportunidade de decidir-se a favor ou contra Deus, como também favor ou contra o mal e nisto jaz a sua dignidade. É este justamente um traço essencial da semelhança e imagem de Deus no homem.

 Será que não estamos percebendo a diferença de: se alguém precisa fazer o bem, porque não tem a oportunidade de agir do contrário, ou se alguém deseja o bem e o faz, ainda que tem a oportunidade de agir de outra maneira?! Que dignidade e confiança tem Deus manifestado ao homem, nesta oportunidade que lhe oferece para se decidir!

O livre arbítrio não teria nenhum sentido e seria inútil se o mesmo não tivesse a oportunidade de ser provado; seria como ferramenta que nunca chega a ter sua aplicação.

 Deus havia destinado o homem para ser dominador. A vereda que conduz ao verdadeiro domínio é o auto domínio. A prova e ao mesmo tempo o meio de educação seria o domínio próprio ou a obediência.

 Esta prova precisava ser efetuada. Só por ela o homem poderia dar provas do seu ser moral, isto é, ser dotado de autoconhecimento, juízo e livre arbítrio. É este o ser que foi criado à imagem de Deus e esse pode desenvolver-se somente nesta imagem de conformidade com o maravilhoso alvo descrito em I Jo 3:2 b.

 Com isso, é a arvore do conhecimento do bem e do mal, no paraíso, a expressão da consideração, confiança e do amor de Deus, para com um ser extraordinário, o homem.

 Que só é possível  chegar ao verdadeiro domínio  pela vereda do domínio próprio e da obediência, isto nos mostra, de maneira exemplar, o verdadeiro e maior dominador, o Segundo Homem e Último Adão, Jesus Cristo, Nosso Senhor e Salvador. (Hb 5:7-9; Fp 2:5-11)

 O CARÁTER DA QUEDA E DO PECADO DO HOMEM

 “Sereis como Deus...” (Gn 3:5). É este o alvo que Satanás almejava, e é o mesmo que ele ainda apresenta para o homem, como gênero humano. Que engano! É esse o mesmo alvo que Deus tem para o homem (I Jo 3:2). O mesmo alvo, embora – dois tão diferentes caminhos. Pela humildade e obediência, devia o homem aproximar-se a este alvo tão elevado. Porém, pelo orgulho e desobediência o homem procura apoderar-se imediatamente do mesmo.

  A astúcia teve êxito. Satanás é um psicólogo astuto. O pecado é gerado em seu ser (Gn 3:1-6).

 A confiança – fé – é abalada: “é assim que Deus disse...”

  1. A consciência adverte: “Deus disse”...
  2. O descontentamento gera:

 desconfiança:”...nem tocareis nele” (o que Deus nem havia dito)

  1. A vaidade, instinto natural, desenvolve-se ao ponto de cobiça, e torna-se em orgulho: “sereis domo Deus”. A cobiça paralisa a vontade, tornando-se em domínio em lugar de autodomínio, e assim aproxima-se do ato pecaminoso, a
  2. Desobediência; a transgressão dos limites impostos: “e tomou-llhe do fruto e comeu”, consequentemente evidencia a
  3. Sedução do companheiro “e deu também ao marido”.

  Este, é o desenvolvimento da transgressão e pecado até o dia de hoje 9tg 1;13-15). O caráter do pecado naquele tempo como ainda hoje em dia, em inúmeros casos, sempre apresenta,  segundo I Jo 2:16:

  altivez, soberba da vida “...ser como Deus”,

  1. concupiscência dos olhos “...vendo ela...”
  2. concupiscência da carne “...tomou e comeu.”

  O pecado fundamental de Satanás, e do homem, o orgulho de querer ser como deus, tem sua continuação em toda a historia da humanidade. Ela está no auge e pleno desenvolvimento no homem do pecado, o anticristo, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ou objeto de culto, e não só querendo parecer como Deus, mas querendo ser Deus. (II Ts 2:4) Do pecado do homem ao homem do pecado é o desenvolver da história do pecado. O pecado cresce através dos séculos até tornar-se em alude que soterrará o mundo todo.

                                  AS CONSEQUENCIAS DO PECADO DO HOMEM

São assoladoras, e até hoje, ainda as mesmas em cada pecado:

 a perda da inocência e da santidade (Gn 3:7ª),

  1. a tentativa de esconder-se (Gn 3:7b),
  2. a fuga de Deus; má consciência (Gn 3:8; Gn 3:10 comparado com GN 4:16)
  3. a tentativa de se desculpar do pecado (Gn3:12-23)
  4. o esforço de incluir outros (associação ao pecado), e disse Schiller a este respeito, “ esta é a maldição do lato maligno, a mesma que continuamente gera o mal”.
  5. A maldição atua sobre duas esferas da vida: sobre o trabalho, para o sustento material e sobre o matrimonio para a reprodução e educação da humanidade. (Gn 3:16-19ª)
  6. Separação de Deus, da fonte da vida e consequentemente uma infinidade inumerável de doenças, dores sofrimentos físicos e espirituais. (Gn 3:16-19ª)
  7. Perda da soberania e no seu lugar, o despotismo oyu seja, a tirania. ( Gn 1:26 comparado com Gn 9:2)
  8. A morte física e eterna (Rm 6:23)

  Pela queda de Satanás, a morte penetrou na criação. Isto mostram-nos as Escrituras. (Rm 6:23 e 8:20)

  Pela queda do homem a morte penetrou em toda a humanidade. (Rm 5:12) Não só atinge a todos, por causa da queda do primeiro homem, mas também por todo pecado cometido posteriormente (Rm 5:12b) “...pois todos pecaram”! Comparando com Rm 3:23.

  As Escrituras Sagradas, usam a expressão mundo, em quatro diferentes sentidos:

 o mundo natural – Hb 4:12 e referencias

  1. a humanidade – Lc 2:2
  2. mundos = os séculos Mt 12:32
  3. o mundo do pecado – I Jo 2:15-17

  Que me Rm 5:12, as escrituras se referem à humanidade e não a criação toda, é de se entender pelo seu contexto. Lá se diz que pelo pecado de um homem “a morte passou a todos os homens” e não a todas as criaturas.

  A queda do pecado não é a culpa de um só, mas culpabilidade coletiva de toda a humanidade. Ainda assim a Bíblia nos fala claramente do pecado original. Todos nós somos nascidos neste estado pecaminoso e com isto somos prejudicado por hereditariedade, conforme Rm 5:18-19; I Co 15:49; Ef 2:3; Sl 51:5 e referencias a esses textos citados.

  Mesmo assim, há considerável diferença entre o caráter da queda de Satanás e a do homem. Satanás foi o originador do pecado, segundo Jo 8:44, e pecou conscientemente. Por conseguinte, sem oportunidade de ser salvo. Mas, o homem, fora tentado, iludido e seduzido por influência externa, segundo, Jo 8:44, Gn 3:1-5, I Tm 2:14, I Pd 5:8 e II Co 11:14. O homem pode ser salvo. Essa esperança Deus já nos deu, ainda no Paraíso, pelo maravilhoso, assim chamado Evangelho Original, grafado em GN 3:15